sábado, 19 de maio de 2012

"A Rapariga dos pés de vidro"



Ofereceram-me este livro no meu aniversário. Este livro conta a história de duas pessoal que se apaixonam. Mas essa paixão está dependente de um problema raro de saúde, o corpo de Ida está a transformar-se em vidro. Midas tenta encontrar uma cura. É um romance do imaginário que, a meu ver, termina de forma pouco gloriosa. É livro bonito e muito interessante mas o final parece arranjado à pressa. 
Em suma, recomendo e aprovo, mudava era o fim. 


quarta-feira, 16 de maio de 2012

"As Feras de Jamrach" de Carol Birch

  "Nessa altura, a rapariga espreitou por detrás da mãe, agarrando o lenço às bolinhas que trazia à volta do pescoço e sorrindo. Foi o primeiro sorriso da minha vida. Claro que isso é uma coisa ridícula de se dizer; já me tinham sorrido muitas vezes (...) E, no entanto, digo: foi o primeiro sorriso, porque foi o primeiro que alguma vez me atravessou como uma agulha demasiado fina para ser vista." p.21
 
Aqui está um livro que me surpreendeu.
Quando o vi, com a sua capa bonita, misteriosa e luminosa, pensei que iria gostar bastante dele. Li a sinopse na parte de trás e gostei do que li. E aqui está uma sinopse que não engana.

Gostei imenso do livro. É dos meus favoritos.
A história é narrada por Jaffy Brown. Jaffy inicia a sua narrativa falando da sua infância nos esgotos de Bermondsey, na casa por cima da ponte onde vivia com a sua jovem mãe. Jaffy gostava imenso do mar. A sua canção de embalar era o som das ondas e das músicas dos marinheiros.
Mas a mãe de Jaffy teve de abandonar aquele local imundo e levou Jaffy e os dois foram morar para uma casa em Ratcliff Highway. Foi nessa parte de Londres que Jaffy, agora com oito anos, encontro o tigre.
O tigre pertencia ao senhor Jamrach, um alemão que vendia animais selvagens. Jaffy aproximou-se do tigre e tocou-lhe no nariz. O animal abocanhou-o e levou na sua boca. No entanto, Jaffy foi salvo pelo senhor Jamrach.
Jaffy foi trabalhar para a loja de Jamrach, onde conheceu Tim Linver, um belo rapaz, com apenas mais um ano de idade. Tim tinha um irmão, Ishbel, irmã gémea. Ele de olhos azuis e cabelo louro e liso, ela de olhos castanhos e cabelo louro aos caracóis. Jaffy gostava muito dela.
Depois de algumas trapalhadas e brincadeiras, chegou a noticia de uma expedição em busca de um dragão e Tim foi convidado a ir. Jaffy também quis ir e Ishbel pediu a Jaffy para cuidar de Tim, que era sempre muito esperto e corajoso, mas no fundo tinha muito medo. Jaffy prometeu e lá foram eles, com um caçador de animais selvagens chamado Dan Rymer, um lobo do mar. Os três juntaram-se ao Lysander, o barco baleeiro que os levou na viagem. E lá descobriram uma tripulação muito especial.


 "Ainda a vejo de pé, a acenar, protegendo os olhos do sol". p.79


Esta é uma história muito interessante. Jaffy tem uma forma muito especial de a contar. A forma de a contar fez-me lembrar Kvothe, de O Nome do Vento. Uma descrição precisa, uma descrição emocionada e cheia de sentimentos. Emoções, muitas emoções. Uma viagem não só pelo mundo, mas também pelo fundo do pensamento, do coração. Um relato de sobrevivência, um relato muito detalhado e emocional. Uma viagem emocionante, cheia de perigos e alegrias. Um desenlace frenético e estranho. Uma jornada pela luta pela vida. Acontecimentos estrondosos. 

"Por vezes, parecia que as estrelas ao longe, distantes de toda a terra, estavam a gritar. Centenas de quilometros a berrar no interior da nossa mente. Tão bela, aquela noite, acordar no céu com as estrelas gritantes a toda a volta. Tremi. Em baixo, os outros pareciam estar a milhões de distância e eu tinha medo de cair. Nunca me tinha sentido assim e perguntei-me se estaria a ficar enjoado mais uma vez(...)" p. 186

Esta é uma história, sobretudo, de sobrevivência e de luta. Luta pelo mais básico, pela respiração, pela existência, pela amizade, pelo amor.
Uma história que me emocionou. Não estava à espera...
Este é um livro especial e bonito.

Recomendo-o a todos! :)

domingo, 13 de maio de 2012

Época dos Venenos - Juliette Benzoni

Mataram a Rainha!

Sinopse

Fugida do convento onde a mãe a queria obrigar a tomar o véu para assegurar a fortuna paterna, Charlotte de Fontenac refugia-se em casa da tia de Brecourt, irmã do defunto pai. A jovem perde-se na noite e surpreende um ritual aterrador numa capela abandonada... Um desconhecido arranca-a à sua perigosa contemplação... Tudo se passa numa época em que o vento pestilencial do caso dos venenos sopra sobre Paris e a corte de Luís XIV. Madame de Brecourt envia Charlotte para o Palais Royal, para a corte da jovem duquesa de Orleães, Madame, a pitoresca princesa Palatina. Um caminho singular, o dos palácios reais, abre-se diante de Charlotte, mais perigoso do que se imaginaria. Um capricho da natureza fá-la parecer-se com um antigo amor de Luís XIV, o que lhe vale o ódio silencioso de madame de Maintenon, em vias de tomar o lugar de madame de Montespan. No momento de maior perigo é a rainha Maria Teresa que vem em seu socorro, mas por pouco tempo, pois morre no espaço de quatro dias...
Mortes suspeitas, missas negras, um amor que não ousa dizer o seu nome e protecções que desaparecem uma após outra. Que vai ser de Charlotte? 

O Quarto do Rei

 

Sinopse

Ao mesmo tempo que a rainha Maria Teresa morre, Charlotte de Fontenac desaparece. Vista pela última vez a entrar atrás do soberano no seu gabinete, a jovem parecia perturbada. Depois, ninguém sabe dela. Um desaparecimento sem importância no meio das cerimónias fúnebres.

No entanto, algumas pessoas interrogam-se e, entre elas, madame de Montespan, cujo favor real vacila, mas que gosta muito de Charlotte. A dama decide alertar o tenente-general da Polícia, Nicolas de La Reynie. O que acabam por descobrir é apavorante e, quando a jovem reaparece de súbito, todos constatam que já não é a mesma.

Que se passou durante aqueles meses de ausência, que tanto afligiram os que lhe eram próximos, entre eles a sua prima Léonie e sobretudo Alban Delalande, o jovem que a ama com um amor sem esperança?

Depois de Mataram a Rainha!, eis o segundo volume das aventuras de Charlotte de Fontenac: intrigas, peripécias, incertezas em volta do caso dos venenos. Juliette Benzoni conseguiu misturar todos estes ingredientes com a sua maestria habitual.

 Finalmente, 

saiu o segundo volume da Época dos Venenos, o primeiro livro que li de Juliette Benzoni. Desde setembro que sonho com este segundo volume. Já o encomendei online e já vem a caminho da minha casa. Deve chegar na próxima semana. Vai ser uma espera angustiante.
A capa é bonita e a sinopse é maravilhosa. Que ânsia.

 O Prisioneiro da Máscara de Veludo - Segredo de Estado, volume III

Sinopse

Depois da morte do marido – morto em duelo por François de Beaufort – Sylvie, duquesa de Fontsomme, retirou-se para as suas terras para aí educar a sua filha Marie e o pequeno Philippe, cujo nascimento está envolto num segredo que ela preserva cuidadosamente. O jovem rei Luís XIV, ordena-lhe que reintegre a Corte em Saint-Jean-de-Luz, onde se realizará o casamento com a Infanta Maria Teresa: Sylvie deve juntar-se às damas da nova rainha.
É no decurso das festas do casamento real que Sylvie vai ter oportunidade de livrar de um grande sarilho um mosqueteiro apaixonado, mas pobre, o que lhe valerá a estima e depois a amizade do tenente d’Artagnan (...)
O peso dos segredos de Estado faz-se sentir. Para uma mulher profundamente atingida, será que o derradeiro dos segredos trará ainda uma esperança de felicidade?... 
 Depois de dois livros bons vem o terceiro que, a meu ver, é o melhor da trilogia. Sílvia e Francisco encontram o final merecido, mas antes do fim há muitas mais peripécias a ler. De batalhas onde morrem muitos heróis a tiros à porta de igrejas, muitas coisas acontecem. Há mortes em duelos e mortes em castelos reais. Esta trilogia mostra como as intrigas reais podem ser realmente crúeis mas também como podem salvar a vida de Maria, filha de Sílvia. Ao longo dos três volumes os Segredos de Estado vão aparecendo, todos dependentes do primeiro, a Paternidade do Rei.
 Recomendo, mais uma vez, esta leitura a quem gosta de Romance Histórico e recomendo também a Autora a todos. Juliette Benzoni tem a capacidade de fazer renascer a ânsia de ler mesmo quando a obra parece não ter mais nada a oferecer. Das primeiras linhas às últimas, a leitura é penetrante e não estamos felizes enquanto não chegamos ao fim da obra.