quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"A Invenção de Hugo Cabret" de Brian Selznick

Fui ver o filme no dia 19 de fevereiro. Quando o livro saiu, já alguns anos, encontrei-o e fiquei muito curiosa. No entanto não o comprei. O tempo foi passando, e o livro foi adaptado ao cinema.
Vi o trailer quando fui ver a Guerra das Estrelas - Ameaça Fantasma, e fiquei completamente fascinada! Vi várias vezes o trailer no youtube, e depois começou a aparecer na televisão, nos telejornais. Entrevistas, os Óscares...

Fui ver o filme (é uma peça de arte!). Assim que terminou fui comprar o livro.

O livro é muito bom. É um livro diferente de todos os outros que já li. É um livro com muitas ilustrações, que não se limitam a ilustrar as cenas escritas. As ilustrações fazem parte da narrativa, é como se em vez de ter palavras, tem desenhos. Os desenhos também contam a história. É lindo!

Há algumas diferenças entre o livro e o filme. Detalhes, segmentos de partes da história. Mas a adaptação está soberba. O livro está muitíssimo bem adaptado. Das melhores adaptações para cinema de um livro, que vi até agora.

A história de um rapaz que faz tudo para manter um autómato em segredo, escondido no seu quarto minúsculo na Estação de Caminhos de Ferro de Paris. Hugo é um rapaz de 12 anos, sozinho, que todos os dias faz a manutenção de todos os relógios da estação. Vive com medo que o guarda da estação o apanhe e o prenda, para depois e mandar para o orfanato.
Rouba comida para não morrer de fome e rouba peças mecânicas (para consertar o autómato) da loja de brinquedos, que pertence a um velho. Um dia, pensado que o homem estava a dormir, Hugo alcança a banca da loja para roubar um rato de corda. O homem apanha-o e faz-o devolver tudo o que tinha roubado, mandando-o esvaziar os bolsos do casaco. Hugo dá-lhe os objetos que tinha num dos bolsos, mas tenta guardar o que tem no outro bolso. O homem obriga-o a entregar o que estava a esconder e Hugo mostra um bloco de notas com desenhos e legendas de uma figura mecânica - o autómato.
É assim que começa a história do livro (e do filme). O homem diz-lhe que vai queimar o bloco e manda Hugo embora. Hugo passa a seguir o homem, e a ir todos os dias à banca para lhe pedir o bloco.
Assim começa a história entre Hugo e o homem, e como tal vai influenciar toda a vida de ambos. Com a ajuda de Isabelle, afilhada do homem, Hugo tenta reaver o seu bloco de notas. Tal vai levá-los numa aventura pelo cinema francês, pelos corredores escondidos das paredes da estação, pelos relógios, a fugas do guarda da estação, a sonhos.

Uma história bonita, para todas as idades, cheia de magia, de emoção, de sentimentos, de aventuras.
Recomendo a todos. O livro e o filme! :) 





segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Opinião - "Os Dias da Febre" de João Pedro Marques

Comecei a leitura muito motivada. A sinopse desvendava pouco mas o suficiente para cativar a leitura. O livro tem 318 páginas e 14 capítulos. Está estruturado de uma forma diferente do normal. As personagens são apresentadas individualmente, um capítulo para cada uma. Posso dizer que o livro está segmentado. Cada personagens apresentada, o enredo é apresentado do ponto de vista dessa personagem. Ficamos a conhecer a história de todos os pontos de vista. 
O enredo em si é simples. Uma mulher infeliz que encontra o amor numa relação proibida. Reencontra um amigo de infância e o amor floresce. 
Gostei muito deste romance. Encontramos muitos factos históricos que nem nós, admiradores da história de Portugal não conhecemos. 
Posso dizer que gostei muito e fiquei fascinada com o enredo e a escrita. É fluida e sem muitos floreados.  Gostei.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Opinião - "O Medo do Homem Sábio - Parte 1"

 

"- És o cataplasma que me retira o veneno do coração. - disse-lhe. 

 - Hmm... - Denna pareceu insegura. - Quanto a essa, não sei. Um coração cheio de veneno não é uma imagem apelativa."

 "Tu és o ouro coado do refugo que o vento sopra"


Depois de terminar a leitura deste livro espetacular tenho de escrever a minha opinião sobre ele.

Neste segundo livro (primeira parte de duas), Kvothe continua a contar a sua história ao Cronista. É o segundo dia da sua narrativa.

Kvothe retoma a sua história, falando da Universidade, das aventuras com os seus amigos, dos projetos como aluno, das suas saídas com Denna, da sua aventura em Vintas. Aprofunda os seus conhecimentos, tanto a nível educacional e intelectual, como social. Com vários perigos à mistura, momentos enternecedores, emocionantes, divertidos e encantadores, Kvothe continua o seu caminho.

Estava à espera que o livro fosse tão bom como o "O Nome do Vento" e não fiquei desiludida. Achei-o muito bom, tão bom como o primeiro.
Estou a gostar imenso da história do Kvothe. Toda a história, a ação, a magia, as aventuras, as personagens, os acontecimentos, todos os elementos são coerentes, cheios de vida, bem desenvolvidos, interessantes, capazes de fazer-nos imaginar com clareza o que acontece nas páginas do livro. Já no primeiro livro apercebi-me disto. Fico feliz por constatar que neste volume encontrei o mesmo.
Penso que há uma particularidade super especial nestes livros: a forma como Kvothe conta a história. É única. É maravilhosa. A escolha das palavras é esplêndida e muito bem elaborada. Através do que ele nos vai contando, é possível realmente perceber o que ele está a contar. Os detalhes das suas emoções e ações estão muito bem descritos. É completamente mágico. É uma história de enorme beleza.
Penso que todos a deveriam ler. Não só quem gosta de Fantasia, do género Fantástico, mas também quem aprecia outros géneros de Literatura. Porque a história não se baseia só na Fantasia, porque há enorme quantidade de humanidade, emoção, na história. É complemente fascinante. Quando terminei, fiquei logo curiosa para ler o próximo.

E os acontecimentos vão se adensando, daquela forma em que é possível começar a traçar paralelismos, teorias, ideias...soberbo!

Excelente livro! Recomendo completamente!
E espero que a segunda parte continue a ser tão boa como a primeira!